O filho do Francisco Wanderley Luiz, o homem que se explodiu na Praça dos Três Poderes, prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (14). Ele contou aos investigadores que o pai lhe deixou uma mensagem em tom de despedida, mas só entendeu o que o pai queria dizer depois de ver as notícias sobre o ataque. Segundo ele, a mensagem foi recebida com certo espanto, mas quando começou a ver as informações sobre o atentado, fez o link e percebeu o que o pai queria comunicar.
O depoimento do filho foi feito em Londrina (PR), uma cidade que fica cerca de 384 km de Curitiba, onde ele estava viajando no momento. A PF decidiu ouvir o depoimento por lá, já que ele estava fora de Brasília, onde a investigação acontece. A tal mensagem de despedida foi entregue à PF e agora faz parte do inquérito que está sendo investigado pela Divisão Anti-terrorismo da Polícia Federal, em Brasília. O filho também disse que, apesar de o pai ter algumas opiniões políticas, ele não parecia ser alguém com ideias extremistas, nem tão radical. Wanderley tinha uma renda de cerca de R$ 5 mil por mês, e não parecia viver de forma muito distinta da maioria das pessoas.
A PF está seguindo uma linha de investigação bem ampla. Eles disseram que qualquer pessoa que tenha alguma informação relevante sobre o caso pode ser chamada para prestar depoimento. Ou seja, estão indo atrás de todos os detalhes que possam explicar o que levou Wanderley a realizar esse ataque tão grave.
Outro depoimento importante foi dado pela ex-mulher de Wanderley, que contou à PF que o ex-marido tinha como objetivo matar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ela disse que o ataque foi planejado e que Wanderley fez várias pesquisas no Google sobre o ministro, o que mostra que ele tinha um alvo específico. Isso levanta muitas questões sobre os motivos reais do ataque, além de indicar que a ação foi premeditada e não um ato impulsivo.
Além disso, nesta manhã, a PF conseguiu encontrar um celular que seria de Wanderley dentro de um carro que ele teria usado para chegar à Praça dos Três Poderes. A polícia começou a fazer uma perícia no aparelho para tentar descobrir mais informações. A expectativa é que, ainda hoje, consigam extrair os dados do celular, como mensagens e outras pistas, que podem ajudar a entender se Wanderley agiu sozinho ou se teve apoio de outras pessoas. Esses dados também podem indicar qual seria o plano original do ataque e como ele foi organizado.
Para ajudar na investigação, a PF também fez uma busca na casa de Wanderley, que fica em Rio do Sul (SC). Lá, foram apreendidos alguns documentos, que agora vão passar por análise para ver se há mais informações que ajudem a esclarecer o caso.
Esse ataque está gerando muitas perguntas, e a polícia está fazendo o possível para descobrir todos os detalhes. É claro que o foco é entender os motivos de Wanderley e saber se ele teve alguma ajuda, além de tentar entender a fundo o que ele planejava fazer com aquele ato tão violento. As investigações ainda estão em andamento, e a Polícia Federal não deve parar até conseguir esclarecer tudo o que aconteceu.
Esses casos mostram o quanto a segurança do país precisa estar atenta a qualquer movimento mais suspeito, afinal, nem sempre a violência tem um estopim visível. A ação de Wanderley pegou muita gente de surpresa, e agora, as autoridades precisam trabalhar para entender o que realmente estava por trás de sua decisão tão extrema.
